O Homem que mais tem filhos no mundo

Tong Phuoc Phuc

Tong Phuoc Phuc é um vietnamita que há mais de 15 anos tomou para si o trabalho de sepultar apropriadamente todos os bebês que são abortados em uma clínica de sua cidade. Tudo começou em 2001, quando sua própria mulher ficou grávida. Juntos foram ao hospital e, durante todos os dias que estiveram esperando que o bebê nascesse, ele se deu conta que muitas outras mulheres grávidas entravam em um quarto e saíam sem seus bebês. – “Mas o que está acontecendo aqui?”, se perguntou.

Depois de um tempo ele finalmente descobriu o que ocorria e ficou com o coração tão dilacerado que não conseguiu evitar o choro. A ideia de que crianças eram abortadas sem a mínima oportunidade de vir a este mundo lhe doía muito e, então, decidiu perguntar se talvez pudesse levar os corpos dos bebês mortos para, ao menos, lhes dar um enterro apropriado.

O ex-trabalhador da construção civil pegou suas economias de anos e comprou um terreno no topo de uma colina chamada Hon Thom, na cidade de Nha Trang, no sudeste do Vietnã, e começou a sepultá-los, um por um, como correspondia.

No princípio, sua mulher achou que ele havia enlouquecido, mas Tong não renunciou a sua tarefa auto-imposta e desde então este homem sepultou mais de 10.000 bebês.

No entanto, o que ninguém sabia até então, era sua verdadeira intenção: gerar consciência para salvar a vida dessas crianças. Dizem que seu cemitério não é só um lugar de tristeza, senão que um jardim feito para tocar o coração das mulheres que estão duvidando de suas gravidezes.

Assim, as mães que não tinham os meios para dar a luz, foram se aproximando de Tong em busca de ajuda. O homem passou de ser um cavador de sepulturas infantis, a um salvador de vidas.

O que ele fez? Começou a adotar as crianças com a ideia de que, quando as mães possam (arrumem um trabalho, aceitação da família, etc.), venham buscá-los para então criá-los com dignidade. E, se não retornarem, ele mesmo cria e educa. Hoje em dia, Tong alberga mais de 100 crianças em seu lar.

Como não é possível lembrar o nome de todos, ele inventou uma forma fácil de chamá-los. Os meninos são chamados de Honra, e as meninas, Coração. No entanto, este pai não trata as crianças como se fossem a de um lar adotivo, ele os vê realmente como seus próprios filhos.

Criar e cuidar de crianças é obviamente uma enorme tarefa, mas Tong ama seu papel de pai.

– “Continuarei este trabalho até o dia que morra, e espero que meus filhos sigam fazendo o mesmo uma vez que eu já não esteja neste mundo”, assinalou este incrível e bondoso ser humano.

Fonte: Hefty.




Avós que cuidam de seus netos deixam marcas em suas almas

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Eles são nossas memórias cheias de prazer, diversão e ternura

Há pessoas que são pontos cardeais, que levam nossos sentimentos e emoções a sua intensidade máxima. Os avós são exemplos dessas pessoas, pessoas únicas, afetuosas e inesquecíveis.

Eles simbolizam uma união que é gerada no papel que envolve uma bala, nos olhares de cumplicidade, no jogo permissivo e compreensivo de um consentimento sem tamanho que chateia os pais.

Eles são nossas memórias cheias de prazer, diversão e ternura. Histórias cheias de reviravoltas inesperadas, cabelos brancos bagunçados pelo vento e olhos que brilham ao sol durante um passeio em que se sente o calor das mãos que transmitem só amor e compreensão.

Os avós têm doutorado em amor

O modo como os avós educam traz importantes benefícios para uma criança. Por quê? Porque os avós que cuidam dos seus netos transmitem a eles diversos ensinamentos :

Passatempos como caminhar, cuidar das plantas, cozinhar, etc.

Tradições e histórias familiares: as crianças ficam impressionadas ao saber que seus pais foram pequenos um dia.

Canções, jogos e contos de antigamente que estão cheios de beleza e ensinamentos.

Por outro lado, tanto sua posição familiar como sua experiência de vida acumulada garantem um modo de criação que é muito positivo para as crianças. Isso se dá dessa forma porque os avós tendem a:

-Ter mais paciência e estressar-se menos no cotidiano. Isso lhes permite ser mais afetuosos com as crianças e lhes mostrar de maneira constante um interesse afetivo através de uma relação empática.

-A comunicação emocional é um pilar básico que permite aos netos se sentirem muito mais compreendidos por seus avós que por seus pais.

-Corrigir com seus netos os erros que cometeram com seus filhos e, portanto, dar uma visão aos pais sobre certos aspectos.

Ao mesmo tempo os avós são muito menos críticos e focam mais em coisas boas que em coisas ruins, destacando assim os pontos fortes da criança mais que seus pontos fracos.

Outra bonita característica do modo de educar dos avós é que eles ajudam os netos a adquirir independência dos pais, assim como a se socializar com pessoas de diferentes idades.

Muitas vezes os avós fazem o papel de advogados das crianças, servindo assim de ponte para validar sentimentos e resolver complicações que criam obstáculos na convivência e na comunicação entre pais e filhos.

Diante de uma situação de crise e instabilidade familiar como pode ser uma separação, os avós são um apoio emocional indispensável aos netos.

Mas não só os avós deixam marcas no coração, os netos também trazem vitalidade, alegria e apoiam seus avós de maneira muito importante. Cuidar dos netos significa para os avós redescobrir o lado surpreendente do mundo, a inocência e o amor mais incondicional.

Às vezes os pais podem sentir que os avós estão roubando seu papel de protagonistas, que se excedem dando às crianças tudo o que querem sem nunca dizer-lhes não. Nada mais longe da verdade, pois cada um tem seu lugar e seu papel na vida da criança.

A princípio, com esse histórico, pode-se pensar que as crianças gostam de seus avós pelo que estes lhes dão e não por quem são, mas os netos gostam na verdade das tardes com seus avós pelo que eles significam.

Entre outras coisas porque desviam das regras com amor, com cuidado e carinho. Porque a forma de se lembrar de cada detalhe e cada momento faz da infância um lugar único e especial. E porque são os reis que nunca vão ser destronados.

O amor dos avós pelos seus netos é tão imenso que não podem evitar demonstrá-lo de todas as formas possíveis. Cozinhando, com presentes, com doces, com a presença, com os beijos, com os bolsos cheios para que não lhes falte nada, com a atenção e com um cuidado que transforma todos os lugares em lar.

As crianças percebem esta generosidade sem limites como um carinho tão desmedido que são cativados. E quando os avós estão distantes, as crianças não sentem faltam dos chocolates, mas sim do que eles significam: falar com seus avós e escutar palavras de ânimo, amor e sabedoria.

No fim os avós são os maiores fãs de seus netos e os que mais reforçam sua perseverança, seus talentos, sua determinação e seus triunfos. E não há ninguém como os avós que perceba tão bem a atitude decidida de seus netos, suas canções favoritas e seus olhos brilhantes impregnados de paixão.

Por isso, o cuidado dos avós reflete um amor puro repleto de alegria e de objetivos. Um carinho que educa as crianças, que as protege de um modo único que nem sempre é compreensível, que é indescritível.

Esse é o motivo pelo qual os avós que cuidam de seus netos deixam marcas inapagáveis na alma, um grande legado emocional. Porque todos aqueles caprichos e presentes, assim como aquelas vezes em que os avós foram rápidos demais para aliviar a dor de seus netos, fizeram com que o crescimento destes fosse marcado por um amor pleno, puro e incondicional.

Fonte: pt.aleteia.org

 




Professor carrega bebê de aluna para que ela possa anotar a aula

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Ao publicar uma foto no Facebook dando aula com um bebê, o professor mexicano de Direito Moisés Reyes começou a receber uma enxurrada de mensagens perguntando qual era o sentido daquilo. A resposta foi dada dias depois na própria legenda da imagem: “Tenho uma aluna, que não desistiu da escola apesar dos seus distintos papéis, por isso decidi carregar seu filho, sem interromper a classe para que tomasse anotações”. A publicação, uma semana depois, já tinha alcançado mais de 22 mil compartilhamentos.

O neném, de seis meses, é filho de Yelana Salas, de 22 anos. Como a sua família não tinha conseguido cuidar da criança naquele dia, 30 de junho, ela perguntou ao professor, responsável pela disciplina de Direito Internacional na Universidade Interamericana para o Desenvolvimento, em Acapulco, se podia levar o pequeno à aula, como tinha feito outras vezes.

Naquele dia, no entanto, o menino estava inquieto e Yelana não conseguia prestar atenção na aula. Em entrevista à imprensa local, Reyes disse que viu a cara de desespero da mãe, que tentava fazer anotações e não conseguia, e decidiu fazer alguma coisa. “Fiquei com pena e vi que era possível, então decidi ajudá-la”. Como o menino queria ficar em pé, quando o professor o colocou no colo, ele ficou tranquilo e a aula seguiu normalmente.

A foto foi tirada por outra estudante e enviada ao professor por WhatsApp.

Fonte: http://www.gazetadopovo.com.br/educacao/professor-carrega-bebe-de-aluna-para-que-ela-possa-anotar-a-aula-bnog453w1rawel7q64mpaio39




Sobrevivi ao aborto!

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Esse é um depoimento real de uma mulher que sobreviveu ao impossível. Gianna Jessen tem hoje 29 anos, mas sua história de vida é algo que ninguém poderia imaginar.

Ainda quando era um feto, sua mãe a rejeitou em seu ventre e decidiu queimá-la viva dentro do útero. Embora tenha tentado se livrar do bebê de todos os jeitos, ela falhou. Gianna conseguiu nascer viva e recuperar-se do procedimento de aborto.

Devido a tamanha crueldade cometida pela própria mãe, Gianna convive com uma paralisia cerebral por causa da falta de oxigênio que sofreu naquela ocasião. Mas isso não a impediu de correr atrás dos seus sonhos.

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29 anos depois da tentativa de aborto, Gianne vem a público para se vingar da maneira mais inteligente possível: sem sangue, sem retribuir com ódio ou sem precisar levantar a voz. Ela se tornou uma ativista contra o aborto e leva uma mensagem fortíssima nas palestras que dá.

O depoimento que ela dá é tão poderoso e emocionante que é a resposta perfeita à sua mãe e a todas as pessoas que cometem a infelicidade de tirar um bebê da oportunidade de vir a esse mundo.

Assista:

Viver é uma preciosidade. Se você concorda que ninguém tem o direito de tirar a vida do outro, compartilhe essa história com seus amigos.

Fonte: http://www.diariodaweb.com/mae-queima-filha-viva-dentro-do-utero-para-abortar-29-anos-depois-a-filha-cresce-e-resolve-se-vingar/




Por que as crianças francesas não têm Deficit de Atenção?

Nos Estados Unidos, pelo menos 9% das crianças em idade escolar foram diagnosticadas com TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade), e estão sendo tratadas com medicamentos. Na França, a percentagem de crianças diagnosticadas e medicadas para o TDAH é inferior a 0,5%. Como é que a epidemia de TDAH, que tornou-se firmemente estabelecida nos Estados Unidos, foi quase completamente desconsiderada com relação a crianças na França?

TDAH é um transtorno biológico-neurológico? Surpreendentemente, a resposta a esta pergunta depende do fato de você morar na França ou nos Estados Unidos. Nos Estados Unidos, os psiquiatras pediátricos consideram o TDAH como um distúrbio biológico, com causas biológicas. O tratamento de escolha também é biológico – medicamentos estimulantes psíquicos, tais como Ritalina e Adderall.

Os psiquiatras infantis franceses, por outro lado, vêem o TDAH como uma condição médica que tem causas psico-sociais e situacionais. Em vez de tratar os problemas de concentração e de comportamento com drogas, os médicos franceses preferem avaliar o problema subjacente que está causando o sofrimento da criança; não o cérebro da criança, mas o contexto social da criança. Eles, então, optam por tratar o problema do contexto social subjacente com psicoterapia ou aconselhamento familiar. Esta é uma maneira muito diferente de ver as coisas, comparada à tendência americana de atribuir todos os sintomas de uma disfunção biológica a um desequilíbrio químico no cérebro da criança.

Os psiquiatras infantis franceses não usam o mesmo sistema de classificação de problemas emocionais infantis utilizado pelos psiquiatras americanos. Eles não usam o Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders ou DSM. De acordo com o sociólogo Manuel Vallee, a Federação Francesa de Psiquiatria desenvolveu um sistema de classificação alternativa, como uma resistência à influência do DSM-3. Esta alternativa foi a CFTMEA (Classification Française des Troubles Mentaux de L’Enfant et de L’Adolescent), lançado pela primeira vez em 1983, e atualizado em 1988 e 2000. O foco do CFTMEA está em identificar e tratar as causas psicossociais subjacentes aos sintomas das crianças, e não em encontrar os melhores bandaids farmacológicos para mascarar os sintomas.

Na medida em que os médicos franceses são bem sucedidos em encontrar e reparar o que estava errado no contexto social da criança, menos crianças se enquadram no diagnóstico de TDAH. Além disso, a definição de TDAH não é tão ampla quanto no sistema americano, que na minha opinião, tende a “patologizar” muito do que seria um comportamento normal da infância. O DSM não considera causas subjacentes. Dessa forma, leva os médicos a diagnosticarem como TDAH um número muito maior de crianças sintomáticas, e também os incentiva a tratar as crianças com produtos farmacêuticos.

A abordagem psico-social holística francesa também permite considerar causas nutricionais para sintomas do TDAH, especificamente o fato de o comportamento de algumas crianças se agravar após a ingestão de alimentos com corantes, certos conservantes, e / ou alérgenos. Os médicos que trabalham com crianças com problemas, para não mencionar os pais de muitas crianças com TDAH, estão bem conscientes de que as intervenções dietéticas às vezes podem ajudar. Nos Estados Unidos, o foco estrito no tratamento farmacológico do TDAH, no entanto, incentiva os médicos a ignorarem a influência dos fatores dietéticos sobre o comportamento das crianças.

E depois, claro, há muitas diferentes filosofias de educação infantil nos Estados Unidos e na França. Estas filosofias divergentes poderiam explicar por que as crianças francesas são geralmente mais bem comportadas do que as americanas. Pamela Druckerman destaca os estilos parentais divergentes em seu recente livro, Bringing up Bébé. Acredito que suas idéias são relevantes para a discussão, por que o número de crianças francesas diagnosticadas com TDAH, em nada parecem com os números que estamos vendo nos Estados Unidos.

A partir do momento que seus filhos nascem, os pais franceses oferecem um firme cadre –que significa “matriz” ou “estrutura”. Não é permitido, por exemplo, que as crianças tomem um lanche quando quiserem. As refeições são em quatro momentos específicos do dia. Crianças francesas aprendem a esperar pacientemente pelas refeições, em vez de comer salgadinhos, sempre que lhes apetecer. Os bebês franceses também se adequam aos limites estabelecidos pelos pais. Pais franceses deixam seus bebês chorando se não dormirem durante a noite, com a idade de quatro meses.

Os pais franceses, destaca Druckerman, amam seus filhos tanto quanto os pais americanos. Eles os levam às aulas de piano, à prática esportiva, e os incentivam a tirar o máximo de seus talentos. Mas os pais franceses têm uma filosofia diferente de disciplina. Limites aplicados de forma coerente, na visão francesa, fazem as crianças se sentirem seguras e protegidas. Limites claros, eles acreditam, fazem a criança se sentir mais feliz e mais segura, algo que é congruente com a minha própria experiência, como terapeuta e como mãe. Finalmente, os pais franceses acreditam que ouvir a palavra “não” resgata as crianças da “tirania de seus próprios desejos”. E a palmada, quando usada criteriosamente, não é considerada abuso na França.

Como terapeuta que trabalha com as crianças, faz todo o sentido para mim que as crianças francesas não precisem de medicamentos para controlar o seu comportamento, porque aprendem o auto-controle no início de suas vidas. As crianças crescem em famílias em que as regras são bem compreendidas, e a hierarquia familiar é clara e firme. Em famílias francesas, como descreve Druckerman, os pais estão firmemente no comando de seus filhos, enquanto que no estilo de família americana, a situação é muitas vezes o inverso.

Texto original em Psychology Today

Fonte: https://equilibrando.me/2013/05/16/por-que-as-criancas-francesas-nao-tem-deficit-de-atencao/




Famoso cientista admite que o universo foi criado por Deus

Michio Kaku é um cientista físico teórico de renome mundial. Ele publicou mais de 70 artigos em revistas de física sobre temas como a supersimetria, teoria das supercordas, supergravidade e física hadrônica. Mas a sua mais recente afirmação pode chocar o mundo da ciência e da comunidade ateia.

540x350_kaku“Cheguei à conclusão de que estamos em um mundo feito por regras criadas por uma inteligência”, Kaku diz em um vídeo produzido pela Big Think. “Para mim é claro que nós existimos em um planeta que é regido por regras que foram criadas, moldadas por uma inteligência universal e não por acaso”. A conclusão de Kaku é clara. “A solução final pode ser que Deus é um matemático”, disse Kaku. “Acredito que a mente de Deus é música cósmica. A música de cordas de ressonância através do hiperespaço de 11 dimensões”, disse.

Quanto mais os cientistas estudam o universo, mais perto eles parecem estar de Deus. Kaku acredita que ele tem evidências encontradas sobre Deus em seu trabalho e diz que o universo não é um acidente. Ele ajudou na construção da Teoria de Cordas, pioneira do universo sobre a ideia de que o universo é formado por muitas dimensões diferentes de espaço e tempo.

Teoria das Cordas é muito complexa e requer um fundo significativo na física para explicar, mas é favorecida por muitos cientistas, porque sucintamente responde a muitas das perguntas que eles têm sobre o universo. Ainda assim, essa teoria não fornece uma equação completa e satisfatória sobre o universo.

O problema da física são as leis que explicam por que o universo funciona, como faz no nível macro, mas não se aplicam ao nível micro. Einstein da física e da física quântica, tem uma lacuna entre suas explicações sobre o que os cientistas ainda não podem explicar. Por exemplo, porque é que minúsculas partículas quânticas podem se elevar dentro e fora da existência do nada? A teoria das cordas tenta fornecer uma resposta a esta pergunta.

A Criação

Enquanto trabalhava na Teoria das Cordas, Kaku, descobriu o que ele vê como evidência de que o universo é criado por uma inteligência, ao invés de meramente formada por forças aleatórias. Ele sugere sua explicação por meio do que ele chama de “primitivas tachyons semi-raio”. Não existe ainda uma explicação sucinta desta ideia de Kaku e nem do que ele está se referindo a “tachyons”, que são partículas teóricas que se desvinculam de uma outra partícula.

Kaku conclui que vivemos em um universo de estilo Matrix, criado por uma inteligência. “Cheguei à conclusão de que estamos em um mundo feito por regras criadas por uma inteligência”, disse ele. “Acredite em mim, tudo o que chamamos de ‘chance’ hoje não faz mais sentido. Para mim, é bastante claro a existência de um plano que é regido por regras que foram criadas, moldadas por uma inteligência universal e não por acaso”, confessa.

Então, isso significa que Kaku agora acredita em Deus? Sim e não. Ele não chega a se referir a uma divindade religiosa, mas para a comunidade cristã é reconfortante ver que cientistas que pesquisam os mistérios do universo estão a encontrar Deus.

Confira o vídeo (ative as legendas em português):

Fonte: http://www.cpadnews.com.br/universo-cristao/34335/famoso-cientista-admite-que-o-universo-foi-criado-por-deus.html




Jubileu dos Diáconos. Homilia do Papa Francisco.

JUBILEU EXTRAORDINÁRIO DA MISERICÓRDIA

Praça São Pedro 
Domingo, 29 de Maio de 2016

«Servo de Cristo» (Gal 1, 10). Ouvimos esta expressão, que o apóstolo Paulo usa para se definir a si mesmo, quando escreve aos Gálatas. No início da carta, tinha-se apresentado como «apóstolo», por vontade do Senhor Jesus (cf. Gal 1, 1). Os dois termos, apóstolo e servo, andam juntos, e não podem jamais ser separados; são como que as duas faces duma mesma medalha: quem anuncia Jesus é chamado a servir, e quem serve anuncia Jesus.

O primeiro que nos mostrou isto mesmo foi o Senhor: Ele, a Palavra do Pai, Ele que nos trouxe a boa-nova (cf. Is 61, 1), Ele que em Si mesmo é a boa-nova (cf. Lc 4, 18), fez-Se nosso servo (Flp 2, 7) «não veio para ser servido, mas para servir» (Mc 10, 45). «Fez-Se diácono de todos», como escreveu um Padre da Igreja (São Policarpo, Ad Philippenses V, 2). E como Ele fez, assim são chamados a fazer os seus anunciadores, «cheios de misericórdia, de zelo, caminhando segundo a caridade do Senhor que Se fez servo de todos» (ibid.). O discípulo de Jesus não pode seguir um caminho diferente do Mestre, mas, se quer levar o seu anúncio, deve imitá-Lo, como fez Paulo: almejar tornar-se servo. Por outras palavras, se evangelizar é a missão dada a cada cristão no Batismo, servir é o estilo segundo o qual viver a missão, o único modo de ser discípulo de Jesus. É sua testemunha quem faz como Ele: quem serve os irmãos e as irmãs, sem se cansar de Cristo humilde, sem se cansar da vida cristã que é vida de serviço.

Mas por onde começar para nos tornarmos «servos bons e fiéis» (cf. Mt 25, 21)? Como primeiro passo, somos convidados a viver na disponibilidade. Diariamente, o servo aprende a desprender-se da tendência a dispor de tudo para si e de dispor de si mesmo como quer. Treina-se, cada manhã, a dar a vida, pensando que o dia não será dele, mas deverá ser vivido como um dom de si. De fato, quem serve não é um guardião cioso do seu tempo, antes renuncia a ser senhor do seu próprio dia. Sabe que o tempo que vive não lhe pertence, mas é um dom que recebe de Deus a fim de, por sua vez, o oferecer: só assim produzirá verdadeiramente fruto. Quem serve não é escravo de quanto estabelece a agenda, mas, dócil de coração, está disponível para o não-programado: pronto para o irmão e aberto ao imprevisto, que nunca falta sendo muitas vezes a surpresa diária de Deus. O servo está aberto à surpresa, às surpresas diárias de Deus. O servo sabe abrir as portas do seu tempo e dos seus espaços a quem vive ao seu redor e também a quem bate à porta fora do horário, à custa de interromper algo que lhe agrada ou o merecido repouso. O servo não se cinge aos horários. Deixa-me o coração triste ver um horário nas paróquias: «Da hora tal até tal hora». E depois? Porta fechada; não há padre, nem diácono, nem leigo que receba as pessoas… Isto faz doer o coração. Deixai cair os horários! Tende a coragem de pôr de lado os horários. Assim, queridos diáconos, vivendo na disponibilidade, o vosso serviço será livre de qualquer interesse próprio e evangelicamente fecundo.

Também o Evangelho de hoje nos fala de serviço, mostrando-nos dois servos, de quem podemos tirar lições valiosas: o servo do centurião, que é curado por Jesus, e o próprio centurião, ao serviço do Imperador. As palavras que manda dizer a Jesus – para não vir a sua casa –, para além de surpreendentes, são muitas vezes o oposto das nossas orações: «Não Te incomodes, Senhor, pois não sou digno de que entres debaixo do meu teto» (Lc 7, 6); «nem me julguei digno de ir ter contigo» (v. 7); «também eu tenho os meus superiores a quem devo obediência» (v. 8). Jesus fica admirado com tais palavras. Impressiona-Lhe a grande humildade do centurião, a sua mansidão. E a mansidão é uma das virtudes dos diáconos. Quando o diácono é manso, é servo; não joga a simular o padre, é manso. O centurião, confrontado com o problema que o afligia, teria podido fazer alvoroço pretendendo ser ouvido, fazendo valer a sua autoridade; teria podido convencer com insistência e até forçar Jesus a deslocar-se a casa dele. Em vez disso, faz-se pequeno, discreto, manso, não levanta a voz nem quer incomodar. Comporta-se – talvez sem o saber – segundo o estilo de Deus, que é «manso e humilde de coração» (Mt 11, 29). Com efeito Deus, que é amor, leva o seu amor até ao ponto de nos servir: conosco é paciente, benévolo, sempre disponível e bem disposto, sofre com os nossos erros e procura o caminho para nos ajudar a tornar-nos melhores. Manso e humilde são também os traços do serviço cristão, que é imitar Deus servindo os outros: acolhendo-os com amor paciente, sem nos cansarmos de compreendê-los, fazendo com que se sintam bem-vindos a casa, à comunidade eclesial, onde o maior não é quem manda, mas quem serve (cf. Lc 22, 26). E nunca ralheis, nunca. Assim na mansidão, queridos diáconos, amadurecerá a vossa vocação de ministros da caridade.

Nas leituras de hoje, depois do apóstolo Paulo e do centurião, há um terceiro servo: aquele que é curado por Jesus. Na narração, diz-se que era muito querido do seu patrão e que estava doente, mas não se sabe a doença grave que tinha (v. 2). De algum modo podemos também nós reconhecer-nos naquele servo. Cada um de nós é muito querido de Deus, amado e escolhido por Ele; somos chamados a servir, mas primeiro precisamos ser curados interiormente. Para estar apto ao serviço, precisamos da saúde do coração: um coração curado por Deus, que se sinta perdoado e não seja fechado nem duro. Ser-nos-á útil rezar confiadamente todos os dias por isto, pedindo para sermos curados por Jesus, assemelhar-nos a Ele, que «já não nos chama servos, mas amigos» (cf. Jo 15, 15). Queridos diáconos, podeis pedir diariamente esta graça na oração, numa oração em que apresenteis as fadigas, os imprevistos, os cansaços e as esperanças: uma oração verdadeira, que leve a vida ao Senhor e traga o Senhor à vida. E, quando servirdes à Mesa Eucarística, lá encontrareis a presença de Jesus, que Se dá a vós para que vos doeis aos outros.

Assim, disponíveis na vida, mansos de coração e em diálogo constante com Jesus, não tereis medo de ser servos de Cristo, de encontrar e acariciar a carne do Senhor nos pobres de hoje.

Diácono Jurandir Florêncio do Nascimento
Capelania Militar do Espírito Santo – CBMDF




Era bombeiro e resgatou centenas de vidas, agora é sacerdote e salvará almas

NOVA IORQUE, 02 Jun. 16 / 03:00 pm (ACI).- Durante duas décadas, o capitão do Departamento de Bombeiros de Nova Iorque (FDNY), Toma Colucci, lutou contra o fogo e salvou centenas de vidas. Depois que se aposentou, o bombeiro de 60 anos decidiu seguir o chamado de Deus que tinha sentido algum tempo atrás e há alguns dias foi ordenado sacerdote.

Em declarações ao NYDailyNews, o Pe. Colucci disse que quis ser sacerdote desde que era jovem, mas mudou de opinião quando entrou para o Corpo de Bombeiros em 1985. Nunca se casou e, “quando faltava pouco para me aposentar, pensei novamente em ser sacerdote”.

O atentado contra as Torres Gêmeas no dia 11 de setembro de 2001, no qual morreram cinco de seus companheiros, influenciou em sua decisão. “Como bombeiro, vi muito sofrimento e miséria por incêndios e tragédias como o atentado de 11 de setembro. Mas assim como vi o pior da humanidade, vi o também melhor dela. Disso se trata Cristo”.

“Você vê que acontecem coisas ruins e se pergunta ‘por que Deus permite isto?’ Mas, às vezes as tragédias nos aproximam de Deus. Percebi que queria ajudar as pessoas esses dias”, manifestou.

Colucci se aposentou em 2005, depois de ficar ferido na cabeça devido a uma explosão de gás. Passou por duas operações no cérebro e inclusive um sacerdote teve que lhe dar a extrema unção. Nesses momentos, aproximou-se de Deus e, quando ficou completamente curado, tomou a decisão de ser monge beneditino. Em seguida, ingressou no seminário de Nova Iorque, junto com outros 14 homens que, segundo o bombeiro, constituíram o grupo mais numeroso dos últimos anos.

“Isso mostra que as pessoas estão escolhendo a vocação. Há um novo interesse pela Igreja”, expressou.

O porta-voz da Arquidiocese de Nova Iorque, Joseph Zwilling, indicou que “todos os novos sacerdotes têm grandes histórias, mas a de Tom Colucci é realmente inspiradora. Espero que anime outros homens a considerar a vocação do sacerdócio”.

A cerimônia de ordenação aconteceu na Catedral de St. Patrick e foi presidida pelo Cardeal Timothy Dolan, Arcebispo de Nova Iorque. Nesse dia, Colucci usou uma camisa de FDNY por baixo de seus paramentos e levou uma medalha de São Floriano, padroeiro dos bombeiros. Ao final da Missa, seus companheiros fizeram uma saudação especial ao novo sacerdote.

Pediram-lhe que celebre a Missa de FDNY no próximo dia 11 de setembro. Colucci provavelmente utilizará os paramentos da cor vermelha e dourada que seus “irmãos” compraram para esta ocasião. Na parte de trás está escrita a frase: “Irmãos para sempre”.

Fonte: ACI Digital




Qual a origem da festa de Corpus Christi?

A Festa de “Corpus Christi” é a celebração em que solenemente a Igreja comemora o Santíssimo Sacramento da Eucaristia; sendo o único dia do ano que o Santíssimo Sacramento sai em procissão às nossas ruas. Nesta festa os fiéis agradecem e louvam a Deus pelo inestimável dom da Eucaristia, na qual o próprio Senhor se faz presente como alimento e remédio de nossa alma. A Eucaristia é fonte e centro de toda a vida cristã. Nela está contido todo o tesouro espiritual da Igreja, o próprio Cristo.

A Festa de Corpus Christi surgiu no séc. XIII, na diocese de Liège, na Bélgica, por iniciativa da freira Juliana de Mont Cornillon, (†1258) que recebia visões nas quais o próprio Jesus lhe pedia uma festa litúrgica anual em honra da Sagrada Eucaristia.

Aconteceu que quando o padre Pedro de Praga, da Boêmia, celebrou uma Missa na cripta de Santa Cristina, em Bolsena, Itália, ocorreu um milagre eucarístico: da hóstia consagrada começaram a cair gotas de sangue sobre o corporal após a consagração. Dizem que isto ocorreu porque o padre teria duvidado da presença real de Cristo na Eucaristia.

O Papa Urbano IV (1262-1264), que residia em Orvieto, cidade próxima de Bolsena, onde vivia S. Tomás de Aquino, ordenou ao Bispo Giacomo que levasse as relíquias de Bolsena a Orvieto. Isso foi feito em procissão. Quando o Papa encontrou a Procissão na entrada de Orvieto, pronunciou diante da relíquia eucarística as palavras: “Corpus Christi”.

Em 11/08/1264 o Papa aprovou a Bula “Transiturus de mundo”, onde prescreveu que na 5ª feira após a oitava de Pentecostes, fosse oficialmente celebrada a festa em honra do Corpo do Senhor. São Tomás de Aquino foi encarregado pelo Papa para compor o Ofício da celebração. O Papa era um arcediago de Liège e havia conhecido a Beata Cornilon e havia percebido a luz sobrenatural que a iluminava e a sinceridade de seus apelos.

Em 1290 foi construída a belíssima Catedral de Orvieto, em pedras pretas e brancas, chamada de “Lírio das Catedrais”. Antes disso, em 1247, realizou-se a primeira procissão eucarística pelas ruas de Liège, como festa diocesana, tornando-se depois uma festa litúrgica celebrada em toda a Bélgica, e depois, então, em todo o mundo no séc. XIV, quando o Papa Clemente V confirmou a Bula de Urbano IV, tornando a Festa da Eucaristia um dever canônico mundial.

Em 1317, o Papa João XXII publicou na Constituição Clementina o dever de se levar a Eucaristia em procissão pelas vias públicas. A partir da oficialização, a Festa de Corpus Christi passou a ser celebrada todos os anos na primeira quinta-feira após o domingo da Santíssima Trindade.

Todo católico deve participar dessa Procissão por ser a mais importante de todas que acontecem durante o ano, pois é a única onde o próprio Senhor sai às ruas para abençoar as pessoas, as famílias e a cidade. Em muitos lugares criou-se o belo costume de enfeitar as casas com oratórios e flores e as ruas com tapetes ornamentados, tudo em honra do Senhor que vem visitar o seu povo.

Começaram assim as grandes procissões eucarísticas, as adorações solenes, a Bênção com o Santíssimo no ostensório por entre cânticos. Surgiram também os Congressos Eucarísticos, as Quarenta Horas de Adoração e inúmeras outras homenagens a Jesus na Eucaristia. Muitos se converteram e todo o mundo católico.

Eucaristia: Presença real de Jesus no pão e no vinho consagrados

Todos os católicos reconhecem o valor da Eucaristia. Podemos encontrar vários testemunhos da crença da real presença de Jesus no pão e vinho consagrados na missa desde os primórdios da Igreja.

Mas, certa vez, no século VIII, na freguesia de Lanciano (Itália), um dos monges de São Basílio foi tomado de grande descrença e duvidou da presença de Cristo na Eucaristia. Para seu espanto, e para benefício de toda a humanidade, na mesma hora a Hóstia consagrada transformou-se em carne e o Vinho consagrado transformou-se em sangue. Esse milagre tornou-se objeto de muitas pesquisas e estudos nos séculos seguintes, mas o estudo mais sério foi feito em nossa era, entre 1970/71 e revelou ao mundo resultados impressionantes:

A Carne e o Sangue continuam frescos e incorruptos, como se tivessem sido recolhidos no presente dia, apesar dos doze séculos transcorridos.

O Sangue encontra-se coagulado externamente em cinco partes; internamente o sangue continua líquido.

Cada porção coagulada de sangue possui tamanhos diferentes, mas todas possuem exatamente o mesmo peso, não importando se pesadas juntas, combinadas ou separadas.

São Carne e Sangue humanos, ambos do grupo sanguíneo AB, raro na população do mundo, mas característico de 95% dos judeus.

Todas as células e glóbulos continuam vivos.

A carne pertence ao miocárdio, que se encontra no coração (e o coração sempre foi símbolo de amor!).

Mesmo com esse milagre, entre os séculos IX e XIII surgiram grandes controvérsias sobre a presença real de Cristo na Eucaristia; alguns afirmavam que a ceia se tratava apenas de um memorial que simbolizava a presença de Cristo. Foi somente em junho de 1246 que a festa de Corpus Christi foi instituída, após vários apelos de Santa Juliana que tinha visões que solicitavam a instituição de uma festa em honra ao Santíssimo Sacramento. Em outubro de 1264 o papa Urbano IV estendeu a festa para toda a Igreja. Nessa festa, o maior dos sacramentos deixados à Igreja mostra a sua realidade: a Redenção.

A Eucaristia é o memorial sempre novo e sempre vivo dos sofrimentos de Jesus por nós. Mesmo separando seu Corpo e seu Sangue, Jesus se conserva por inteiro em cada uma das espécies. É pela Eucaristia, especialmente pelo Pão, sinal do alimento que fortifica a alma, que tomamos parte na vida divina, nos unindo a Jesus e, por Ele, ao Pai, no amor do Espírito Santo. Essa antecipação da vida divina aqui na terra mostra-nos claramente a vida que receberemos no Céu, quando nos for apresentado, sem véus, o banquete da eternidade.

O centro da missa será sempre a Eucaristia e, por ela, o melhor e o mais eficaz meio de participação no divino ofício. Aumentando a nossa devoção ao Corpo e Sangue de Jesus, como ele próprio estabeleceu, alcançaremos mais facilmente os frutos da Redenção!

Prof. Felipe Aquino

Sobre Prof. Felipe Aquino

O Prof. Felipe Aquino é doutor em Engenharia Mecânica pela UNESP e mestre na mesma área pela UNIFEI. Foi diretor geral da FAENQUIL (atual EEL-USP) durante 20 anos e atualmente é Professor de História da Igreja do “Instituto de Teologia Bento XVI” da Diocese de Lorena e da Canção Nova. Cavaleiro da Ordem de São Gregório Magno, título concedido pelo Papa Bento XVI, em 06/02/2012. Foi casado durante 40 anos e é pai de cinco filhos. Na TV Canção Nova, apresenta o programa “Escola da Fé” e “Pergunte e Responderemos”, na Rádio apresenta o programa “No Coração da Igreja”. Nos finais de semana prega encontros de aprofundamento em todo o Brasil e no exterior. Escreveu 73 livros de formação católica pelas editoras Cléofas, Loyola e Canção Nova.

 
Fonte: http://cleofas.com.br/qual-a-origem-da-festa-de-corpus-christi/



A autopsia do Santo Sudário concorda com os Evangelhos

Na Universidade de Milão, conhecida também como la Statale, o Prof. Giampietro Farronato leciona Ortodontia.

À frente de uma equipe de especialistas – que incluiu Bruno Barberis, Louis Fabrizio Rodella, John Pierucci Labanca; Mauro, Alessandra e Massimo Majorana Boccaletti – o professor fez uma autopsia do Santo Sudário. 

O resultado do trabalho foi publicado num livro rico e intrigante: “Autopsia do Homem do Sudário”, editado por Elledici (Leumann, Turim, 2015), apresentado na igreja de San Gottardo em Corte, no evento “Escola Catedral” promovido pela confraria-empresa responsável há séculos pela manutenção da catedral de Milão.

O Prof. Farronato, em entrevista concedida ao jornalista Marco Respinti, declarou que “a medicina forense ainda não havia dito tudo sobre o caso. Então nós decidimos agir”.

A medicina forense analisa os sinais que podem ser encontrados no corpo ou no cadáver, para que depois a polícia e o juiz ajam com base no laudo médico legal.

O Professor prossegue: “A ideia de realizarmos um estudo anatômico profundo do Sudário remonta a uns três anos, a partir de fotografias tomadas por Secondo Pia em 1898 e os resultados dos estudiosos que vieram antes de nós”.

Indagado sobre a ideia que ele e sua equipe fizeram do crime, o Prof. Farronato respondeu:

“Obviamente o cenário do assassinato não existe mais. Nós investigamos o crime apenas através das marcas deixadas no cadáver. O que hoje é muito.

“A anatomia do corpo foi reconstruída por nós com dados morfológicos registrados no linho. Fizemos uma reconstituição total e completa da face”.

E assim, o professor foi descrevendo o seu fascinante trabalho:

“Praticamente tratamos a imagem do Sudário como a ‘máscara’ forense que habitualmente se monta para descrever os ferimentos no corpo, vivo ou morto.

“Eu e Alessandra Majorana exploramos as pegadas tornando-as mais legíveis para examiná-las melhor medicamente. Com o software de gestão de imagens mais inovador disponível, nós mudamos a orientação direita-esquerda, o claro e o escuro”.

Depois, ele aplicou os métodos utilizados para tornar legível a tomografia computadorizada Cone Beam, a ressonância magnética e outros exames tridimensionais para a obtenção de um diagnóstico odontológico legal completo, campo em que a sofisticação e a precisão atingem os detalhes mais diminutos.

Aquilo que poderia parecer science fiction, na verdade, para Farronato trata-se de um método científico, não de um filme, capaz de realçar detalhes que conduziram a sua equipe a medições muito precisas.

Perguntado pelo jornalista se ao estudar uma imagem num desgastado pano, velho de séculos, se se podia analisar o rosto como se fosse um cadáver de carne, o professor respondeu:

“Foi como se estivéssemos diante de um paciente que vai ser submetido a uma correção terapêutica de tipo ortodôntico ou cirúrgico, como pontes, implantes dentários, operações maxilofaciais, coisas assim.

“Para o rosto estudado por meio da aplicação, pela primeira vez, de métodos científicos, como cefalometria craniana, que destaca as alterações estruturais presentes no Homem do Sudário, os dados obtidos foram: assimetria nos seios frontais, no osso zigomático; desvio do septo nasal; e assimetria da mandíbula com um deslocamento atribuível a traumas ocorridos num período próximo ao decesso”.

À pergunta sobre o que diz a ciência do Homem do Sudário que é objeto de uma disputa antiga, às vezes até veemente, o Prof. Farronato responde:

“A ciência diz que se trata de uma impressão deixada pelo cadáver de um homem verdadeiramente submetido antes de morrer a torturas, flagelações e espancamentos, coroado de espinhos e, finalmente crucificado.

“Isso determinou a morte daquele homem com uma correspondência total às narrações dos Evangelhos, até na sucessão do tempo em que foram infligidas as torturas, inclusive a natureza da lança post-mortem cravada em seu lado (cf. Jo. 19:33-34)”.

O professor informou ainda que estudos científicos realizados em março de 2015, coordenados pelo Prof. Giulio Fanti e processados pela Universidade de Pádua, acompanhado de três métodos de datação químicos e mecânicos, levaram a uma nova datação do linho: entre 283 a. C. e 217 d. C. período compatível com a vida de Jesus na Palestina.

Mas o modo de formação da imagem permanece um mistério indissolúvel.

Inquirido se se tratava de Jesus, ele respondeu com espírito:

“O homem de fé não pode dirigir à ciência perguntas para as quais a ciência não pode dar respostas”.

Por sua vez, Alessandra Majorana, professora da Universidade de Brescia, em declarações para o site especializado Ortodontia33, explicou que foi a primeira análise do Santo Sudário do ponto de vista morfológico e traumatológico utilizando software de última geração.

“De nossa pesquisa – disse a professora – resultaram parâmetros e dados novos, únicos e inesperados sobre o tipo de trauma. Os exames odontológicos visaram os tecidos moles e a estrutura esquelética do rosto.

“Do ponto de vista odontológico, o homem jovem impresso no Sudário apresentava uma dentição completa. Do ponto de vista ósseo as medições cefalométricas revelaram uma mandíbula fortemente desviada para a esquerda muito provavelmente como resultado dos espancamentos antes da crucificação”.

Para a Profa. Majorana, o trabalho não levou em consideração a narração religiosa, mas numa passagem do Evangelho de S. João, relatando as horas que precederam a crucificação, o evangelista descreve os golpes no rosto de Jesus dados com uma vara:

“Na realidade, no Evangelho fala-se de uma bofetada, mas o original em aramaico fala-se de uma varada, corpo contundente compatível com o pesado trauma constatado por nossa análise”.

Ela constatou ainda outras consequências dos golpes, como a fratura da cartilagem nasal, trauma também confirmado pela análise da imagem elaborada graficamente para isolar as marcas de líquidos orgânicos como o sangue e o suor impressos no tecido.

“Da imagem processada resulta que não há sinais de sangramento nasal, pelo que se pode supor que a fratura da cartilagem aconteceu pelo menos um par de horas antes da morte”, concluiu a especialista.

Fonte: http://cienciaconfirmaigreja.blogspot.com.br/2016/03/a-autopsia-do-santo-sudario-concorda.html?m=1